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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Rabdomiossarcoma em partes moles: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

Sarcomas são cânceres que se desenvolvem a partir dos tecidos conectivos, como músculos, tecido gorduroso, membranas que revestem as juntas ou vasos sanguíneos. O rabdomiossarcoma faz parte do grupo de sarcomas de partes moles, sendo mais comum na infância. É um tumor maligno que surge de células que desenvolvem os músculos estriados da musculatura esquelética e corresponde por 4-5% dos tumores malignos na faixa etária pediátrica.
A musculatura esquelética começa a se formar no embrião por volta da sétima semana após a fertilização, quando se formam os rabdomioblastos, que darão origem aos músculos. São essas células que podem se tornar malignas e dar origem ao câncer chamado rabdomiossarcoma. Por se tratar de uma câncer de origem embrionária, ele é mais comum em crianças (até os 18 anos de idade) e muito raro em adultos: 85% dos rabdomiossarcomas acometem crianças e adolescentes.
Existem dois tipos principais de rabdomiossarcoma:
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Embrionário: Tipo mais comum, com maior frequência em bebês e crianças. Ele tende a se desenvolver na área da cabeça, pescoço, bexiga, vagina, próstata e testículos;
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Alveolar: Maior frequência em crianças mais velhas e adolescentes. Atinge principalmente os músculos do tórax, braços e pernas. Recebe este nome, porque as células do tumor formam pequenos espaços ocos nos músculos, denominados alvéolos.
CAUSAS
A causa dessa doença ainda é desconhecida, mas pode estar associada à síndromes familiares, como a Síndrome de Li Fraumeni e a Neurofibromatose, e anormalidades congênitas (envolvendo os sistemas urinário e nervoso central).
SINAIS E SINTOMAS
Por se tratar de uma doença que pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, não existem sintomas comum a todos os casos. Os sintomas vão depender do local onde o tumor aparece. Mas normalmente aparece uma massa (nódulo ou inchaço) no pescoço, peito, costas, braços, pernas ou virilha, incluindo os testículos, com crescimento progressivo, sem história de trauma, aderido na musculatura e com medida maior que 2cm. Podendo causar dor e vermelhidão.
Outros sintomas que podem variar de acordo com o local:
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Proptose ocular: olhos saltos ou aparência de estrabismo (tumor orbitário);
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Obstrução nasal, podendo ocorrer secreção com sangue (tumor no nariz);
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Dificuldade para urinar e/ou sangramento na urina (tumor de bexiga ou próstata);
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Obstrução do conduto auditivo médio com eliminação de pólipos ou secreção com sangue (tumor do ouvido médio);
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Aumento do volume da bolsa escrotal/testicular ou secreção vaginal com sangramento e formações que se assemelham a pequenos cachos de frutas (tumor na vagina ou no pênis);
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Prisão de ventre, vômito e dor abdominal (tumor de abdome ou pelve);
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Nos casos mais avançados, nódulos sob a pele, mais comum no pescoço, braço ou virilha, dor nos ossos, tosse, fraqueza ou perda de peso.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito por um médico oncologista. Pela avaliação de uma série de exames de imagem, como o raio x, a ultrassonografia, a tomografia, a ressonância magnética, a cintilografia óssea e/ou tomografia por emissão de pósitrons, junto à exames de sangue e urina, o médico conseguirá identificar se há um tumor e qual é a sua extensão.

Para confirmar o diagnóstico de célula cancerígena, será feita a biópsia para que o tecido possa ser avaliado por um patologista.

Uma vez confirmado o diagnóstico de rabdomiossarcoma, é preciso avaliar se ele atingiu ou não a medula óssea e, para essa análise final, é feito um melodrama e biópsia da medula.
TRATAMENTO
O prognóstico do rabdomiossarcoma varia de pessoa para pessoa. No entanto, quanto mais cedo é feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores as chances de cura e menor a possibilidade de reaparecimento de um tumor na idade adulta.
O tratamento envolve uma abordagem multimodal com cirurgia, para a retirada do tumor e quimioterapia e/ou radioterapia, para matar as células cancerígenas.