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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Pé plano adquirido do adulto: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

Também conhecida como pé plano por disfunção do tibial posterior, a doença do pé plano adquirido do adulto atinge principalmente mulheres entre 50 e 70 anos de idade e é descrita por uma diminuição do arco interno do pé em resultado de um mau funcionamento ou debilidade do tendão do músculo tibial posterior e estruturas mediais do pé e tornozelo.

O tendão do músculo tibial posterior (TTP) e as estruturas mediais do pé e tornozelo são responsáveis pelo suporte do arco interno do pé e por proporcionar a estabilidade do pé ao caminhar. Se o TTP ficar inflamado, sobrecarregado ou com microfissuras, pode-se sentir dor no tornozelo e região interna do pé e, gradualmente, perder o arco interno na parte inferior do pé, levando ao pé chato.
Trata-se de uma deformidade progressiva, geralmente acompanhada de um processo doloroso, em consequência do estiramento do tendão e ligamentos localizados no arco interno e planta do pé.
CAUSAS
Pode ocorrer devido à uma anormalidade inerente ao tendão. No entanto, existem diversos fatores de risco, conforme descritos abaixo:
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Hipertensão;
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Diabetes;
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Obesidade;
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Cirurgia ou trauma anterior, como por exemplo, uma fratura do tornozelo na parte interior do pé;
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Esportes de impacto (que podem estirar ou inflamar o tendão tibial posterior, se forçado excessivamente);
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Injeções de esteróides locais;
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Doenças inflamatórias, como a síndrome de Reiter, artrite reumatoide, psoríase e artropatia spondylosing.
SINAIS E SINTOMAS
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Dor e inchaço no interior do tornozelo (que piora com o uso de calçados rasteiros, sem salto, ou de pés descalços e que alivia com o uso de saltos pequenos -2 a 3 cm);
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Perda do arco do pé e desenvolvimento de um pé plano;
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Desenvolvimento gradual de dor no lado externo do tornozelo ou do pé;
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Fraqueza para subir escadas;
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Dificuldade/incapacidade de ficar sobre os dedos dos pés;
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Dor no meio do pé, especialmente sob estresse durante uma atividade esportiva.
DIAGNÓSTICO
Deve ser feito por um médico ortopedista, preferencialmente especialista em pé e tornozelo. Por meio do exame físico e de imagem (raio-x, ultrassom ou ressonância magnética), o médio fará o diagnóstico da doença.
TRATAMENTO
O tratamento da disfunção do músculo tibial posterior depende do grau da lesão. Nos estágios iniciais, pode ser tratada com repouso, medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides, imobilização com uma palmilha rígida de descarga e fisioterapia. Em casos mais avançados, o médico pode recomendar o uso de órtese tornozelo-pé feito por encomenda para apoio.
No entanto, na falha dos tratamentos conservadores, o médico pode recomendar a cirurgia.