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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Metástases ósseas: sintomas, diagnóstico e
tratamentos

As metástases podem ocorrer quando as células cancerosas viajam através da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos para outras partes do corpo.
Apesar de muitas das células cancerosas que se desprendem do tumor primário morrerem sem causar qualquer tipo de problema para o paciente, algumas chegam a uma nova área do corpo onde começam a crescer, formando novos tumores.
Todo o tipo de tumores pode disseminar para o osso, sendo os mais comuns os tumores de mama e próstata.
Os ossos são um dos principais locais de disseminação de células provenientes de um tumor maligno da mama, sendo uma das três localizações mais frequentes das metástases.
Cerca de 75% dos doentes que vem a falecer por esta doença tem metástases ósseas, podendo também haver disseminações para o fígado e pulmão.
Se o câncer de próstata se disseminar para outros órgãos, o primeiro a ser atingido geralmente é o osso. A metástase óssea pode ser dolorosa e pode provocar outros problemas, como fraturas ou aumento dos níveis de cálcio sanguíneo.
Prevenir ou retardar a disseminação da doença para os ossos é um dos principais objetivos do tratamento.
Metástase Óssea
As metástases podem ocorrer em qualquer osso do corpo, mas a área mais comumente atingida são os ossos da coluna vertebral. Outros locais comuns são o osso do quadril (pelve), osso da perna (fêmur), osso do braço (úmero), costelas e crânio.
As metástases podem ser de dois tipos:
1. Líticas: formando buracos nos ossos;
2. Blásticas: formando condensações ósseas malignas nos locais atingidos.
SINTOMAS
- Dores intensas nos ossos: sobretudo noturnas, não aliviadas com analgésicos comuns;
- Inchaço das articulações: pode surgir um nódulo nas articulações, aumentando a dor e o desconforto principalmente nos joelhos e cotovelos;
- Fratura do osso: podendo ser diagnosticado com uma paralisia, decorrente de uma fratura vertebral com compressão medular. Os locais de fratura mais comuns são fémur ou coluna;
- Hipercalcemia: promovendo diurese maciça e desidratação;
- Alterações graves do comportamento com confusão e agitação;
- Perda de peso sem razão aparente;
- Cansaço intenso e febre constante.
DIAGNÓSTICO
Se o paciente é diagnosticado com câncer, as metástases ósseas podem ser encontradas antes de causarem quaisquer sintomas. O médico poderá solicitar exames de laboratório e de imagem, como raios X ou cintilografia óssea, para verificar a extensão da disseminação do câncer. O que pode ser feito antes, durante ou após o tratamento.
Em outros casos, sintomas como a dor óssea podem ser o primeiro sinal de metástase óssea e exames de imagem e outros testes podem ser solicitados para confirmar o que está causando esses sintomas.
Exames de imagens:
Raios X, Cintilografia óssea, Tomografia computadorizada, Ressonância magnética e Tomografia por emissão de pósitrons.
Exames de laboratório:
Marcadores tumorais, exames de sangue, de urina e biópsia.
TRATAMENTO
O tratamento para o câncer ósseo é indicado pelo oncologista e depende do tipo, tamanho e localização do tumor. Mas geralmente aplica-se a realização de quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, a realização de cirurgia para amputar o membro afetado.
Todavia, quando o câncer ósseo está num estágio muito avançado, o tratamento mais comum é o tratamento paliativo, realizado para manter o conforto do paciente, reduzindo a dor e o desconforto causado pelos sintomas da doença. O tratamento paliativo baseia-se em duas grandes vertentes:
1. Analgesia: utilização/aplicação de anti-inflamatórios, corticosteróides e analgésicos potentes, como a morfina. Os tratamentos que diminuem a reabsorção óssea, como os bifosfonatos em alta dose endovenosos, também têm efeito analgésico. E para a dor intratável com todos os tratamentos anteriores, pode-se considerar a radioterapia local.
2. Estabilização: é essencialmente a estabilização de fraturas ou o reconhecimento de ossos com esse risco que traduzam grande morbilidade, como as vértebras, cuja fratura pode levar à paralisação de um doente. A estabilização pode ser cirúrgica, com colocação de próteses, e pode incluir uma combinação com radioterapia e bifosfonatos. Esse tipo de tratamento requer uma equipe multidisciplinar que inclua especialistas da área, como o oncologista, ortopedista e fisioterapeutas.