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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Lesão do bíceps distal: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

A lesão do bíceps distal é uma lesão rara que acomete predominantemente atletas, trabalhadores braçais e pacientes de alta demanda funcional. Ocorre com trauma indireto quando o cotovelo fletido a 90 graus, com a mão espalmada (supinada), com realização de extensão de cotovelo, faz contra resistência. Por exemplo, quando se segura uma TV e por algum descuido há um solavanco e o cotovelo dobrado tem que fazer força para a TV não cair.

Trata-se de uma lesão mais comum em homens dos 40 aos 60 anos de idade. Entretanto, sua incidência vem crescendo com o aumento de pessoas que realizam atividades físicas.
CAUSAS
Conforme mencionado anteriormente, ocorre com trauma indireto do cotovelo. É comum sentir um estalo no momento da lesão evoluindo com a perda de força.
Existem ainda alguns fatores de risco como o tabagismo, o uso de anabolizantes e doenças sistêmicas como o Lúpus, que podem enfraquecer/degenerar o tesão que acaba rompendo num movimento brusco.
SINTOMAS
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Dor súbita na região anterior do cotovelo ao carregar peso;
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Edema ou equimose na região;
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Deformidade ao nível da face anterior do cotovelo, especialmente ao realizar o movimento de flexão e extensão do cotovelo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista, preferencialmente, especialista em ombro e cotovelo. Ao exame clínico, percebe-se uma pequena diminuição da força de flexão do cotovelo e uma diminuição mais significativa da supinação do antebraço. Além de ser possível observar, na maioria das vezes, inchaço, edema e deformidade no local. Para confirmar o diagnóstico e extensão da lesão do tendão (parcial ou total), o médico solicita uma ressonância magnética.
TRATAMENTO
O tratamento cirúrgico é mais indicado pra esse tipo de lesão. Pacientes com lesão total do bíceps (ou com lesão super ou igual a 50%), atletas ou trabalhadores braçais. O ideal é operar a lesão do bíceps distal em até 2 semanas, pois após esse tempo a exposição fica mais difícil e as complicações mais frequentes, sendo que em alguns casos pode até ser necessário o uso de enxerto de tendão de outras localizações. O método cirúrgico pode utilizar apenas uma única incisão no cotovelo ou duas incisões cirúrgicas.


Já o tratamento conservador é indicado somente para pacientes com lesão parcial (lesão menor que 50), pacientes sedentários e pacientes com contra-indicação ao procedimento cirúrgico.