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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Fratura por estresse: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

Ocorre quando o osso é submetido a uma carga excessiva e não suporta tamanha pressão. A sobrecarga e o aumento do impacto fragilizam o osso a ponto de fazê-lo trincar e quebrar.
É definida como o desgaste ósseo que ocorre devido à sobrecarga e exercícios repetitivos de grande intensidade e representa 10% de todas as fraturas esportivas.
Embora as fraturas por estresse possam acometer todo o tipo de osso, elas são mais comuns em ossos que suportam o peso corporal, especialmente os membros inferiores. Estudos com corredores revelam maior incidência de fraturas por estresse na tíbia, seguida dos metatarsos, fíbula, fêmur e navicular.

*Crédito: Erika Onodera
CAUSAS
A fadiga e o desequilíbrio muscular são os principais responsáveis por esse tipo de fratura, pois a redução da absorção do impacto pelo osso, devido à fraqueza muscular ou a falha na absorção, gera um aumento de estresse em pontos focais e, se não corrigido a tempo, pode levar à fratura do osso.
- Fraqueza muscular: se o músculo não tiver capacidade de absorver o impacto, a energia fica retida nos ossos, que pedem a capacidade de impulsionar o corpo;
- Erros de treinamento, tais como: a progressão rápida do treino, volume (correr mais de 32km/semana), aumento súbito da intensidade do exercício, calçado desgastado, entre outros;
- Peso: o sobrepeso pode sobrecarregar a estrutura óssea;
- Variáveis genéticas;
- Alterações endócrinas e metabólicas;
- Problemas hormonais;
- Predisposição genética.
SINTOMAS
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Dor local que aumenta durante a prática esportiva e tende a melhorar com o repouso;
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Edema após esforço físico, sem história de trauma;
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Queda de desempenho nos treinamentos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista, e é composto pelo investigação dos fatores de risco (treino e composição corporal), pelas características da dor e pelo exame físico (palpação no local). A confirmação do diagnóstico é feita por exames de imagem, entre eles, a radiografia, ressonância magnética e cintilografia óssea.
TRATAMENTO
O tratamento, na maioria dos casos é conservador. Em geral, acaba-se recomendando uma mudança temporária do tipo de atividade, diminuindo o impacto, o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia e, dependendo da localização, imobilização da parte do corpo acometida pela fratura.
O tratamento fisioterapêutico para esse tipo de lesão tem como objetivo acelerar a diminuição do edema ósseo e reequilibrar a musculatura pra tirar o efeito causador da lesão.
Se não houver boa evolução, o tratamento cirúrgico com fixação da fratura com parafuso ou haste é indicado.