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INSTITUTO DE ORTOPEDIA E SAÚDE
Entorse de tornozelo: o que é, graus, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

A entorse de tornozelo é a mais comum das lesões traumáticas ortopédicas. Frequentemente encontrada na população ativa, essa lesão musculoesquelética, geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais do tornozelo.
Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, vôlei e basquete e corresponde a cerca de 10 a 15% de todas as lesões do esporte.
Em 90% dos casos o trauma ocorre em inversão (situação em que o pé vira para dentro).
GRAUS DO ENTORSE
A gravidade do entorse de tornozelo varia de acordo com a quantidade de fibras ligamentares lesadas, podendo ser divida em três níveis:
- Grau I (estiramento ligamentar): Estiramento dos ligamentos com formação de edema e presença de dor;
- Grau II (lesão ligamentar parcial): Rompimento parcial dos ligamentos com instabilidade da articulação. Presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada;
- Grau III (lesão ligamentar total): Ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé. Dificuldade para apoiar e dor intensa.

CAUSAS

Como mencionado anteriormente, a maioria dos casos de entorse do tornozelo ocorre com a inversão excessiva do pé (devido à perda de equilíbrio, ou pisada em falso no solo), resultando no estiramento ou ruptura dos ligamentos laterais.
Apesar de menos comuns, os entorses em eversão podem ocorrer e, geralmente, estão relacionados com traumas de alto impacto, lesões ligamentares mediais e fratura da fíbula.
SINTOMAS
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Edema lateral no pé e tornozelo após o trauma;
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Dor na região lateral do tornozelo (que pode variar de moderada a intensa, dependendo do grau da lesão);
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Sensibilidade ao toque;
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Hematoma/ecmose;
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Incapacidade de apoiar o pé (dificuldade em ficar de pé ou andar).
DIAGNÓSTICO
Deve ser feito por um médico ortopedista, preferencialmente especialista em pé e tornozelo. Por meio de um exame clínico, baseado na conversa com o paciente sobre o histórico do ocorrido, sintomas e em que busca palpar a região dolorida para investigar a possível ruptura de algum ligamento ou fratura local, o profissional poderá suspeitar da lesão. Radiografias são utilizadas caso exista suspeita de fraturas. Quando não há fraturas, inicia-se o tratamento e após duas semanas, com a regressão do edema, uma ressonância nuclear magnética pode ser solicitada para avaliação do grau da lesão e investigação de lesões associadas como lesão condral do talus.
TRATAMENTO
O tratamento inicial de todas as entorses é semelhante, requer repouso, gelo, imobilização e elevação do membro. O que muda é o tempo de imobilização, que varia de acordo com o grau da lesão.
Nas lesões grau I duas semanas de imobilização são suficientes e o apoio é liberado conforme tolerado. Nas lesões grau III o período de imobilização pode chegar a seis semanas, e em todos os graus a fisioterapia deve ser encorajada desde os primeiros dias de lesão.
O tratamento cirúrgico é indicado apenas na falha do tratamento conservador que evolui com instabilidade crônica.
por Jordanna Bergamasco