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Artrose do quadril: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.

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A artrose do quadril acomete, na maioria das vezes, pessoas acima dos 45 anos, preferencialmente mulheres. Mas pode também se manifestar em pessoas mais jovens, sobretudo atletas que utilizam muito a articulação do quadril.

 

Também conhecida como osteoartrose ou coxartrose, é uma doença degenerativa crônica, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular e pela neoformação óssea nas superfícies e margens articulares.

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A cartilagem é um tecido branco, brilhante e cheio de água cuja função é ajudar nos movimentos fluidos e não dolorosos do quadril, além de reduzir o atrito entre os ossos.

 

Com o desgaste, o tecido da cartilagem tende a encolher cada vez mais, levando ao atrito direto sobre o osso subcondral e, como consequência, a modificacões ósseas na região:

 

  • A formação de osteófitos ou bicos do osso no perímetro externo da articulação para aumentar a superfície de contato entre os ossos;

  • A alteração de consistência óssea, pois formam-se áreas vazias e outras ricas em cálcio.

CAUSAS

Não existe causa específica para essa doença, mas existem fatores que favorecem o desenvolvimento da mesma:

  1. Idade: A artrose afeta pessoas mais velhas, em jovens saudáveis ela é quase inexistente;Hereditariedade: Pacientes com essa doença possuem ao menos um pai com a mesma doença;

  2. Obesidade: causa mais pressão sobre as articulações;

  3. Atividade física intensa: podem sobrecarregar a articulação da região e causar o desgaste prematuro. Atividades repetitivas de impacto nas articulações, a grande mobilidade da articulação do quadril e atividade física intensa.

  4. Defeitos congênitos: doenças de infância como displasia do desenvolvimento do quadril (alteração da forma do acetábulo-cavidade na qual a cabeça do fêmur se encaixa) e doença de Perthes (degeneração da cabeça do fêmur por falta de irrigação sanguínea); 

  5. Defeitos adquiridos: impacto femoroacetabular, processos inflamatórios ou infecciosos no quadril e distúrbios metabólicos e hormonais.

 

 

SINTOMAS

  • Dor localizada no quadril (nádega, coxa ou virilha), que piora ao andar, ficar sentado por muito tempo ou deitar de lado sobre a articulação afetada;

  • Limitação da mobilidade (rigidez articular): dificuldade de cortar as unhas dos pés, calçar meias, amarrar o sapato ou levantar da cadeira, cama ou sofá que sejam baixos;

  • Crepitação articular durante o movimento (estalidos na articulação);

  • Deformidade articular;

  • Posição antálgica, apoiando o peso no quadril saudável (o que provoca sobrecarga no quadril e pelve opostos);

  • Dores e desconfortos no quadril mesmo que esteja parado, principalmente à noite (em estágios mais avançados da doença).

 

 

DIAGNÓSTICO

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Deve ser feito por um médico ortopedista, preferencialmente especialista em quadril. Por meio da análise do histórico do paciente e de um exame físico em que busca sinais de dor, avaliar a amplitude dos movimentos, sensibilidade e perda de função, o profissional fará o diagnóstico do paciente. 

O exame de imagem, especificamente a radiografia, mostra a amplitude da articulação e pode revelar quaisquer outras alterações tais como a formação de ossos osteófitos, o espessamento do osso esponjoso subcondral e a rarefação óssea (osteoporose). Outros exames que o médico pode pedir são a tomografia computadorizada, para checar se existe algum tumor ósseo, e a ressonância magnética, para avaliar o estado da cabeça do fêmur.

 

TRATAMENTO

Geralmente a primeira opção é o tratamento conservador, que utiliza métodos não cirúrgico como ferramentas do tratamento. Mas na sua falha, recomenda-se o tratamento cirúrgico.

 

Tratamento conservador:

Tratamento medicamentoso para analgesia (medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e condroprotetores) combinado com fisioterapia.

 

A fisioterapia tem como objetivo inicial aliviar a dor, reduzir o processo inflamatório e promover ganho de amplitude dos movimentos do quadril. 

Em segundo momento, promover o ganho de força dos músculos responsáveis pela estabilização da articulação do quadril. O fortalecimento muscular evita a progressão da doença, pois estabiliza a articulação e impede o atrito e sobrecarga nas superfícies desgastadas. 

E, por fim, o tratamento progride para uma etapa de reequilíbrio da musculatura do tronco e membros inferiores em geral e treino do controle do movimento e de estabilidade para devolver o paciente para o seu ambiente de vida, da melhor forma possível. 

Vale ressaltar que a fisioterapia não tem capacidade de reverter os danos já instalados na articulação acometida pelo desgaste, mas auxilia no controle da dor e melhora da função e tem o potencial de impedir a progressão da doença para níveis mais incapacitantes.

 

Tratamento não conservador:

A cirurgia é vista como a última opção de tratamento, é uma opção após a falha do tratamento conservador ou diante de um grau muito avançado da doença, quando os sintomas são incapacitantes.

 

A operação consiste em uma cirurgia de substituição articular ou por astroscopia do quadril.

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